segunda-feira, 30 de abril de 2012

INSTRUÇÕES TRABALHO DE LITERATURA - MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS

ATENÇÃO GALERINHA 2º A E 2º B (ATIVIDADE JÁ VALENDO NOTA PARA O 2º BIMESTRE): - a turma do 2º A recebe esse aviso no e-mail da sala também...acessem!

Esse bimestre será mais curto (1 mês e meio apenas), então, vamos ter que acelerar os conteúdos...

Aproveitem essa semana de "folga" e leiam o livro que eu pedi pras aulas de Literatura: MEMÓRIAS DE UM SARGENTO DE MILÍCIAS (Manuel Antonio de Almeida). Abaixo a atividade (que já vale nota):

1- Em duplas (ou trios), façam um resumo do livro para entregar na 6ª feira (11-05). Valendo de zero a 2,0 pontos (o esquema de notas vai mudar esse bimestre, então é bom não deixar de fazer);

2- Para a aula de 3ª feira (08-05) levem os livros (Memórias de um Sargento de Milícias) + a apostila de Português, pois vamos usá-la bastante;

3- O livro já deve estar completamente lido ou, lido pelo menos até o CAPÍTULO 24.(Dá tempo sim!!! Cada capítulo tem no máximo 2 folhas). Vamos comentá-lo em aula e preciso da participação de vocês;

4- Pensem em grupos de, NO MÁXIMO, 7 pessoas para apresentarem o trabalho sobre o livro (seminário ou teatro - vou decidir isso em sala com vocês), que deve ocorrer na semana do dia 29-05 (valendo de zero a 2,0 pontos).

Sei que o livro tem linguagens, termos um pouco complicados para entender, mas para isso usem o dicionário, internet (oque vocês quiserem)...

Vou colocar algumas questões sobre o livro na nossa prova bimestral, então, leiam o máximo que puderem...

O esquema de notas vai mudar esse bimestre. Sem essa de caderno 10 e apostila 10, dessa vez as notas serão somadas até totalizar 10...de modo que recomendo não deixarem de fazer nenhuma atividade e participarem bem da aula.

Dúvidas estou disponível no Face, e-mail e blog...

Beijos!

terça-feira, 17 de abril de 2012

TÉCNICAS DE RESUMO


RESUMO – Características
Resumo é uma forma de registro que apresenta, de maneira concisa e seletiva, as ideias mais importantes do texto.
No resumo, mais do que no esquema, somos levados a reproduzir, com nossas palavras, o que lemos. Ele é especialmente útil, quando se necessita, numa rápida leitura, para recordar o essencial do que se estudou e a conclusão a que se chegou, pois, num resumo, também cabe, desde que claramente identificada, a interpretação do estudante. B
asicamente 3 técnicas que podem ser úteis ao escrevermos uma síntese. São elas o apagamento, a generalização e a construção.

Apagamento: Como no nome já diz, o apagamento consiste em apagar, em cortar as partes que são desnecessárias. Geralmente essas partes são os adjetivos e os advérbios, ou frases equivalentes a eles.

O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava muitos jardins diariamente. = O jardineiro trabalhava bem.

Generalização: A generalização é uma estratégia que consiste em reduzir os elementos da frase através do critério semântico, ou seja, do significado.

Pedro comeu picanha, costela, alcatra e coração no almoço. = Pedro comeu carne no almoço.

 

Construção: A técnica da construção consiste em substituir uma sequência de fatos ou proposições por uma única, que possa ser presumida a partir delas, também baseando-se no significado.

Maria comprou farinha, ovos e leite. Foi para casa, ligou a batedeira, misturou os ingredientes e colocou-os no forno. = Maria fez um bolo.
Além dessas três, ainda existe uma quarta dica que pode ajudar muito a resumir um texto. É a técnica de sublinhar.
Enquanto você estiver lendo o texto, sublinhe as palavras ou frases que fazem mais sentido, que expressam ideias que tenham mais importância. Depois, junte seus sublinhados, formando um texto a partir deles e aplique as três primeiras técnicas.
Atenção: O resumo deve apresentar as seguintes características para ser eficiente:

• ser fiel às ideias do texto original;

• apresentar frases breves, diretas e objetivas;

• apresentar referências bibliográficas;

• ser inteligível por si mesmo.

DICAS DE COMO ESCREVER UM BOM RESUMO
1.) Faça uma síntese das ideias e não das palavras;
2.) Use apenas as informações essenciais;
3.) Objetive o seu texto sempre para o leitor, porque é ele quem dará as coordenadas;
4.) Deve-se preferir o uso da 3ª pessoa e do verbo na voz ativa. Ex.: Apresenta-se; Aplicou-se etc.;
5.) Seu resumo deve conter palavras-chaves, relacionadas ao assunto.






Fontes:
Prática Textual: atividades de leitura e escrita / Vanilda Salton Köche, Odete Benetti Boff, Cinara Ferreira Pavani. — Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.
Estratégias Eficazes para resumir. Chronos – Produção de textos científicos no ensino da língua portuguesa / Niura Maria Fontana. — Caxias do Sul: UCS, n.1, p.84-98, 1995.
Para entender o texto: leitura e redação / José Luiz Fiorin, Francisco Platão. — 10.ed. São Paulo: Ática, 1995.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

QUEM SOU?


Alguém que sonha poder voar...voar alto e atingir o céu...e descobrir que ele NÃO é o LIMITE!
Alguém que sonhou, um dia, ser imortal e descobriu que a imortalidade está no que você FEZ e no que FICOU de você em OUTRAS PESSOAS.
Alguém que, hoje, voa baixo. Mas com previsão de TEMPO FIRME, TEMPERATURA AMENA e CÉU AZUL.

Alguém que já chorou por amor e por não ser amada;
De tristeza e de alegria;
De saudade de alguém que está longe e de raiva de alguém que está perto;
Que já disse "Adeus", querendo dizer "Fica",
Que já bateu forte numa parede por ter feito besteira e já bateu firme na mesa defendendo seu ponto de vista;
Que já gritou de medo e de alegria.
Que já dormiu chorando por um dia ruim, e acordou sorrindo por um sonho bom...
Que já fugiu do amor para não sofrer
Mas descobriu que sofrimento maior é não ser capaz de amar, Que já se achou FORTE por não sucumbir às lágrimas...
E descobriu que a maior fraqueza e covardia é escondê-las.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

AUTOPSICOGRAFIA - Fernando Pessoa


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.




Somente Pessoa, para conseguir expressar tão bem e em tão poucas palavras a fusão entre a arte e o sentimento.
Lembrei-me deste poema hoje ao responder um post de uma de minhas alunas no Facebook. Decidi então, fazer a análise do poema e publicá-la aqui no blog.

Podemos dividir esse poema em três partes, correspondentes a cada estrofe, para analisá-lo:


1ª) " O poeta é um fingidor".... só o início já justifica a admiração pelo poema, pois instiga o leitor a querer saber a razão de tal declaração e fazer a leitura até o final. A afirmação é explicada e confirmada na sequência, voltando-se para a dor:

"Chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente" , ou seja, para ser transformada em arte, para chegar ao ápice da poesia, a dor deve ser fingida, imaginada, pois não haveria poesia se ela fosse apenas descrita como realmente a sentimos. Logo, podemos inferir que a poesia, a arte poética, não nasce propriamente da dor sentida e vivida realmente, mas no seu fingimento, na imaginação de que essa dor seja maior do que ela de fato é. 

2ª) na segunda estrofe, o poeta "chama" o leitor a "compor" com ele o poema. Ao lê-lo, não sentimos a dor que o poeta sentiu ou imaginou ao escrevê-lo ("as duas que ele teve"), nem mesmo a dor que estamos (nós leitores) deveras sentindo no momento da leitura, mas uma outra dor, mais "interpretativa" do que propriamente "sentida", a dor que nasce ao lermos o poema...a dor que fingimos sentir quando o lemos e o interpretamos, cada um a seu modo, cada um sentindo a dor da forma que mais lhe convém 
(" na dor lida sentem bem").

3ª) "E assim", conclui o poeta, que a arte, a criação, a poesia, nascem em meio a dois extremos controversos, sempre em conflito: o coração (matriz de todos os sentimentos, mola propulsora para a inspiração) e a razão (onde criamos, fantasiamos, inventamos nossas dores, nossas desventuras, nossas tragédias e a colocamos numa sequência lógica para serem transformadas em ARTE).




Fernando Pessoa (1888-1935):  poeta e escritor, nascido em Lisboa (Portugal), pertencente à Terceira Geração do Modernismo Português. Considerado um dos maiores poetas da Literatura Portuguesa e da Literatura Universal, tornou-se muito famoso por suas criações heteronímicas (heterônimos). Seus três heterônimos mais conhecidos são: Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Alvaro de Campos. 
Todos os três escreveram obras com seus nomes, possuem personalidades distintas, biografias, data e local de nascimento diferentes, mas todos originam-se de um mesmo corpo e de uma mesma alma: dele mesmo, Fernando Pessoa. 

A diferença entre heterônimos e pseudônimos é justamente essa: enquanto o pseudônimo traz apenas um nome falso ou suposto, o heterônimo traz, além do nome, identidade, personalidade e história totalmente independentes, como se, de fato, fossem outras pessoas, reais e não imaginárias.

Por: Tatiana Arakaki