ARTIGO DE OPINIÃO: gênero textual com a finalidade de expor um
ponto de vista sobre determinado assunto. Assim como a dissertação, ele também
é composto de um título, um parágrafo introdutório (introdução) e dos demais
parágrafos que irão desenvolver os argumentos apresentados. Para que seu texto
transmita credibilidade ao leitor, todos os argumentos apresentados deverão
estar pautados em bases sólidas e coerentes. O último parágrafo é a conclusão,
no qual ocorrerá o fechamento das ideias expostas anteriormente. Uma das
características marcantes do artigo de opinião é a persuasão, em que o autor
procura convencer o leitor a aderir à opinião apresentada. Assim sendo, esse
gênero textual costuma trazer “descrições detalhadas, apelo emotivo, acusações,
humor satírico, ironia e fontes de informações precisas”. A linguagem deve ser objetiva e, muitas
vezes, aparecem sinais de interrogação ou exclamação, que provocam o leitor e o
leva a refletir e assumir posição favorável ao que está sendo defendido pelo
autor. Geralmente é escrito em primeira pessoa, por se tratar de um texto
subjetivo, mas pode, também, apresentar-se em terceira pessoa.
CRÔNICA: embora a crônica se utilize de jornais e revistas para se difundir
seu objetivo principal não é informar e sim levar o leitor à reflexão. Derivada
do latim Chronica e do grego Khrónos (tempo), a característica
principal desse tipo de texto é justamente a sua relação com o fator tempo.
Trata-se de uma narrativa de fatos cotidianos, algo que geralmente acontece com
muitas pessoas, e esses acontecimentos são relatados com tons de ironia, bom
humor e/ou sarcasmo, fazendo com que sejam analisados por outra ótica. A
crônica sempre gira em torno de uma realidade social, política ou cultural, cuja
interpretação do autor gera uma opinião em tom de protesto ou argumentação. Se
a crônica for apenas argumentativa, dispensa-se a narração e, com isso,
perdem-se também elementos típicos do gênero como: personagens, tempo e espaço.
Ao contrário da narrativa, que conta um fato cotidiano e utiliza-se dos
elementos citados, essa outra disserta, ou seja, defende ou mostra outro ponto
de vista. A semelhança entre ambas é o caráter social crítico. Embora, algumas
vezes, seja semelhante também com outros gêneros textuais como: artigo de
opinião, conto e fábula, não podemos confundi-los, pois cada um tem suas
características próprias e objetivos de comunicação diferentes.
NOTÍCIA: informa fatos de maneira objetiva apontando suas razões e
efeitos. Limita-se apenas a comunicar, informar sobre o fato e não argumentar
ou opinar sobre ele. Deve-se pautar em cinco questões essenciais: O que?
Onde? Quando? Por que? Quais consequências? A notícia é composta de
duas partes: Manchete (tem o
objetivo de atrair a atenção do leitor e resume a notícia em poucas linhas – 2
a 3, no máximo) e Texto (narração do
fato em questão).
REPORTAGEM: ao contrário da notícia, essa pode aprofundar-se mais
fazendo investigações, tecendo comentários, levantando questões, discutindo,
argumentando. A reportagem escrita apresenta três partes: Manchete (traz o título da reportagem resumindo a notícia e
despertando a atenção do leitor), Lead
(pequeno resumo que aparece após o título e instiga o leitor a respeito do
assunto) e Corpo (desenvolvimento do
assunto com linguagem adequada ao público-alvo). Podemos dizer que notícia e
reportagem estão entrelaçadas.
RESENHA: diferentemente do resumo, que faz a síntese de um texto ou
obra sem expressar opinião ou crítica, a resenha destina-se a, também fazer uma
síntese do conteúdo, mas expondo análise crítica, opinião, interpretação do
autor. A melhor forma de se escrever uma resenha é, primeiramente, fazer um
resumo do conteúdo e depois revertê-lo para uma crítica. Porém, para se
criticar algo, deve-se estar embasado em ideias coerentes e sensatas, caso
contrário seu texto não inspira credibilidade. Se não estiver certo do seu
ponto de vista, ao invés de chamar sua publicação de resenha, denomine-a como comentário
ou fichamento.
INTERTEXTUALIDADE: para começar, vamos pensar no prefixo latino “inter” (entre) referente à noção de
relação. Partindo desse pressuposto, podemos afirmar que Intertextualidade é a
relação existente entre dois ou mais textos.
Pode-se elaborar um texto novo a partir de outro já existente e, assim,
promover uma espécie de “diálogo” entre eles. A utilização deste recurso na
escrita é mais comum do que podemos imaginar. Podemos citar exemplos conhecidos
como: Canção do Exílio (Gonçalves Dias) X Hino Nacional Brasileiro (Joaquim Osório
Duque Estrada); Coríntios I. 13 – Primeira Carta de Paulo aos Coríntios X
Soneto 11 (Luiz Vaz de Camões – 1595) X Monte Castelo (Legião Urbana – 1989); Instantes
(*poema de Jorge Luiz Borges – 1986) X Epitáfio (Titãs – 2005) entre outros.
*especula-se que o poema
“Instantes”, de autoria creditada a Jorge Luiz Borges, na verdade, foi escrito
pela americana Nadine Stair, como uma espécie de testamento da autora que
estava à beira da morte. Originalmente o poema tinha o nome de Momentos.