quarta-feira, 28 de março de 2012

CONDITIONAL SENTENCES (IF CLAUSES)

Olá turma!
A aula de hoje, com os 3º anos do Ensino Médio, foi sobre Conditional Sentences (If Clauses -  que traduzindo ao pé da letra quer dizer Orações "se"). Falamos sobre as primeiras If Clauses:

-Zero Conditional: utilizada para falar de uma verdade universal (afirmações das quais ninguém discorda), para dar uma ordem ou instrução. Ex:

Fish die if they stay out of water. (Peixes morrem se ficam fora da água). - é uma verdade universal (ou alguém discorda?)

If you need help, call me. (Se precisar de ajuda, me chame). - expressa uma ordem ou instrução.

A estrutura da Zero Conditional é: If + Simple Present + Simple Present.

- First conditional: expressa uma ação possível de acontecer no futuro. Exemplo:

If doesn't rain, I will go to the beach. (Se não chover, irei para a praia).

Percebam o uso do verbo auxiliar "will" na oração principal (main clause) indicando o futuro.

A estrutura da First Conditional é: If + Simple Present + Simple Future.

- Second Conditional: expressa uma ação que não é real ou não é provável de acontecer no presente. Exemplo:

If I won the lottery, I would buy a farm. (Se eu ganhasse na loteria, eu compraria uma fazenda).

Notem o uso do verbo auxiliar "would" na oração principal (main clause) indicando uma probabilidade de que a ação aconteça.
Lembrando que probabilidade não é certeza!

A estrutura da Second Conditional é: If + Simple Past + Would, Could, Might, Should + verbo no infinitivo (sem "to").


Observações:



  • If pode ser usado no início da frase ou no meio das duas sentenças. Caso venha no início da oração, deve-se considerar o uso da vírgula.
  • Em frases com o If, é comum utilizar o "was" (If I was...), isso por que o "was" é utilizado numa linguagem informal. No entanto, para situações formais, o correto é utilizar "were" (If I were...). Duas canções ilustram bem esse uso formal: 

  • If I Were a Carpenter (Se eu Fosse um Carpinteiro) - Johnny Rivers (álbum: Changes - 1966 - composição de Tim Hardin)
Ouçam as músicas e cantem as letras:

If I Were A Carpenter

If I were a carpenter and you were a lady,
would you marry me anyway?
would you have my baby?

If a tinker were my trade,
would you still find me,
carrying the pots I made
following behind me?

Save my love through loneliness
save my love through sorrow.
I've given you my onliness.
Come give me your tomorrow.

If I worked my hands in wood,
would you still love me?
Answer me, baby, yes, I would.
I'd put you above me.

If I were a miller at a mill wheel grinding,
would you miss that pretty dress,
and those soft shoes shinin'?

Save my love through loneliness
save my love through sorrow.
I've given you my onliness.
Come give me your tomorrow.

If I worked my hands in wood,
would you still love me?
Tell me, baby, yes, I would.
I'd put you above me.

If I were a carpenter and you were a lady,
would you marry me anyway?
would you have my baby?
would you marry me anyway?
would you have that baby?

Se Eu Fosse um Carpinteiro

Se eu fosse um carpinteiro e você uma dama,
você se casaria comigo assim mesmo?
Você teria um filho meu?
Se funileiro fosse o meu ofício,
você ainda iria me encontrar,
carregando as panelas que eu fizesse,
seguindo atrás de mim?

Salve o meu amor através da solidão,
salve o meu amor através do sofrimento.
Tenho lhe dado minha solidão,
venha me dar o seu amanhã.

Se minhas mãos trabalhassem na madeira,
você ainda me amaria?
Responda-me, meu bem, sim, eu amaria,
e eu a colocaria acima de mim.

Se eu fosse um moleiro trabalhando no moinho,
você sentiria falta daquele vestido bonito
e daqueles sapatos macios e reluzentes?

Salve o meu amor através da solidão,
salve o meu amor através do sofrimento.
Tenho lhe dado minha solidão,
venha me dar o seu amanhã.

Se minhas mãos trabalhassem a madeira,
você ainda assim me amaria?
Diga-me, meu bem, sim, eu amaria,
Eu a colocaria acima de mim.

Se eu fosse um carpinteiro e você uma dama,
você se casaria comigo assim mesmo?
você teria um filho meu?
Você se casaria comigo assim mesmo?
Você teria esse filho?


If I Were a Boy

If I were a boy even just for a day
I'd roll out of bed in the morning
And throw on what I wanted
And go drink beer with the guys

And chase after girls
I'd kick it with who I wanted
And I'd never get confronted for it
'Cause they stick up for me

If I were a boy
I think I could understand
How it feels to love a girl
I swear I'd be a better man

I'd listen to her
'Cause I know how it hurts
When you lose the one you wanted
'Cause he's taking you for granted
And everything you had got destroyed

If I were a boy
I would turn off my phone
Tell everyone it's broken
So they'd think that I was sleeping alone

I'd put myself first
And make the rules as I go
'Cause I know that she'd be faithful
Waiting for me to come home, to come home

If I were a boy
I think I could understand
How it feels to love a girl
I swear I'd be a better man

I'd listen to her
'Cause I know how it hurts
When you lose the one you wanted
'Cause he's taking you for granted
And everything you had got destroyed

It's a little too late for you to come back
Say it's just a mistake
Think I'd forgive you like that
If you thought I would wait for you
You thought wrong

But you're just a boy
You don't understand
And you don't understand, oh
How it feels to love a girl
Someday you wish you were a better man

You don't listen to her
You don't care how it hurts
Until you lose the one you wanted
'Cause you're taking her for granted
And everything you had got destroyed
But you're just a boy

Se Eu Fosse Um Garoto

Se eu fosse um garoto nem que fosse por um dia
Eu levantaria da cama de manhã
E sairia pra onde eu quisesse ir
Beberia cerveja com os caras

E paqueraria as garotas
Eu faria isso com quem eu quisesse
E eu nunca teria que entrar em confronto por isso
Porque eles ficariam do meu lado

Se eu fosse um garoto
Eu acho que entenderia
Como se sentir por amar uma garota
Eu juro que seria um homem melhor

Eu a escutaria
Porque eu sei como magoa
Quando você perde alguém que queria
Porque ele não te dá valor
E tudo que vocês tinham foi destruído

Se eu fosse um garoto
Desligaria meu telefone
Diria a todos que ele está quebrado
Então eles pensariam que eu estaria dormindo sozinho

Eu me colocaria em primeiro lugar
E faria as regras pra seguir
Porque sei que ela seria fiel
Esperando que eu volte pra casa, que eu volte pra casa

Se eu fosse um garoto
Eu acho que entenderia
Como se sentir por amar uma garota
Eu juro que seria um homem melhor

Eu a escutaria
Porque eu sei como magoa
Quando você perde alguém que queria
Porque ele é tomado de você
E tudo que vocês tinham foi destruído

É um pouco tarde pra voltar
Dizer que é só um engano
Pensar que eu perdoaria você assim
Se você pensou que eu esperaria por você
Você pensou errado

Mas você é só um garoto
Você não entende
Mas você não entende
Como se sente amar uma garota algum dia
Você deseja ser um homem melhor

Você não a escuta
Você não se importa como isso magoa
Até perder alguém que você queria
Porque ela foi tomada de você
E tudo que vocês tinham foi destruído
Mas você é só um garoto




quarta-feira, 21 de março de 2012

A DISCIPLINA DO AMOR X SEMPRE AO SEU LADO


Muito interessante a relação entre o conto de Lygia Fagundes Telles, publicado em 1980, com o filme Sempre Ao Seu Lado, lançado em 2009, trazendo no elenco o ator Richard Gere e o cão Hatchiko, da raça japonesa Akita. Já havia assistido ao filme, mas só fui ler o conto algum tempo depois. No conto de Lygia a história ganha ares de ficção, já no filme, de acordo com a apresentação do mesmo, trata-se de uma história real. Terá Lygia se apropriado de um fato real para compor seu conto, ou ambos (conto e filme) referem-se a mesma história com algumas adaptações? Convém uma pesquisa mais aprofundada.O fato é que ambos emocionam de igual forma... 

Abaixo segue o conto e a sinopse do filme. 




A disciplina do amor.

Foi na França, durante a segunda grande guerra. Um jovem tinha um cachorro que todos os dias, pontualmente, ia esperá-lo voltar do trabalho. Postava-se na esquina, um pouco antes das seis da tarde. Assim que via o dono, ia correndo ao seu encontro e, na maior alegria, acompanhava-o com seu passinho saltitante de volta a casa.
A vila inteira já conhecia o cachorro e as pessoas que passavam faziam-lhe festinhas e ele correspondia, chegava a correr todo animado atrás dos mais íntimos para logo voltar atento ao seu posto e ali ficar sentado até o momento em que seu dono apontava lá longe.
Mas eu avisei que o tempo era de guerra, o jovem foi convocado. Pensa que o cachorro deixou de esperá-lo? Continuou a ir diariamente até a esquina, fixo o olhar ansioso naquele único ponto, a orelha em pé, atenta ao menor ruído que pudesse indicar a presença do dono bem-amado. Assim que anoitecia, ele voltava para casa e levava a sua vida normal de cachorro até chegar o dia seguinte. Então, disciplinadamente, como se tivesse um relógio preso à pata, voltava ao seu posto de espera.
O jovem morreu num bombardeio, mas no pequeno coração do cachorro não morreu a esperança. Quiseram prendê-lo, distraí-lo. Tudo em vão. Quando ia chegando aquela hora, ele disparava para o compromisso assumido, todos os dias. Todos os dias.
Com o passar dos anos (a memória dos homens!) as pessoas foram se esquecendo do jovem soldado que não voltou. Casou-se a noiva com um primo. Os familiares voltaram se para outros familiares. Os amigos, para outros amigos. Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina. As pessoas estranhavam, “mas quem esse cachorro está esperando?”... Uma tarde (era inverno) ele lá ficou, o focinho sempre voltado para “aquela” direção.
(TELLES, Lygia Fagundes. A disciplina do amor. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980. p. 99-100)

DICA DE FILME:
Para todos que curtiram o texto da Lygia Fagundes Telles a dica de um filme também muito emocionante é: SEMPRE AO SEU LADO - 2009. Com Richard Gere.

SINOPSE

Quando Hachiko, um filhote de cachorro da raça Akita, é encontrado perdido em uma estação de trem por Parker (Richard Gere), ambos se identificam rapidamente. O filhote acaba conquistando todos na casa de Parker, mas é com ele que acaba criando um profundo laço de lealdade. Baseado em uma história real, Sempre ao seu Lado, é um emocionante filme sobre lealdade.


E.E.PEREIRA BARRETO - atual edifício (por: Prof. José Antonio)


Cronologia e características dos movimentos literários


Estilo
Portugal
Brasil
Características
Trovadorismo
1189/1198
A Ribeirinha
Paio Soares de Taveirós
Gêneros: cantigas (poesia), novelas de cavalaria, nobiliários, hagiografias.
-
Cantigas de Amor: sofrimento, idealização, eu lírico masculino, ambiente da Corte, dama inacessível, caráter  análítico-descursivo.
Cantigas de Amigo: eu lírico feminino, confessional, ambiente popular, paixão incorrespondida, realista, narrativo-descritiva.
Cantigas de Escárnio e Maldizer: críticas indiretas ou diretas de pessoas ou fatos de uma época. Rica fonte de documentação. 
Humanismo
1418
Fernão Lopes, guarda-mor da Torre do Tombo.
Gêneros: historiografia, teatro popular, prosa doutrinária.
Gil Vicente (teatro)
-
Teatro: em poesia, versa sobre assuntos profanos ou religiosos; carpintaria teatral rudimentar; ausência de regras; sem unidade de ação, tempo e espaço. Aspectos críticos de uma sociedade em transição.
Classicismo
Quinhentismo
1527
Sá de Miranda
Introdução da medida nova.
Gêneros: poesia lírica, épica, teatro e crônicas.
Camões (poesia)
1500 (Quinhentismo)
1º Documento escrito em terras brasileiras: Carta a D. Manuel. 
Gêneros: poesia lírica e épica, teatro e crônicas.
Pero Vaz de Caminha
José de Anchieta
Valorização do homem (antropocentrismo); paganismo (maravilhoso pagão); superioridade do homem sobre a natureza; objetividade; racionalismo; universalidade; saber concreto em detrimento do abstrato; retomada dos valores greco-romanos; rigor métrico, rímico e estrófico: equilíbrio e harmonia.
Barroco
1580
Morte de Camões
Portugal sob o domínio espanhol.
Gêneros: oratória sacra, política e social;
poesia religiosa, satírica e lírico-amorosa.
Pe. Antônio Vieira
(oratória)
1601
Bento Teixeira: publicação de Prosopopéia
Pe. Antônio Vieira (oratória)
Gregório de Matos (poesia)
Arte dos contrastes: antinomia homem - céu, homem - terra; visualização e plasticidade; fugacidade; não-racionalismo; unidade e abertura (perspectivas múltiplas para o observador); luta entre o profano e o sagrado. Culto a elementos evanescentes (água/vento). Sentido de transitoriedade da vida; carpe diem (aproveitar o momento); valorização do presente, movimento ligado ao espírito da Contra - Reforma; jogos de metáforas; riqueza de imagens; gosto pelo pormenor; malabarismo verbal – uso de hipérbato, hipérbole, metáforas e antíteses. 
Arcadismo
1756
Fundação da Arcádia Lusitana.
Gênero: poesia
Bocage (poesia)
1768
Cláudio Manuel da Costa:
Obras Poéticas
Cláudio Manuel da Costa, Tomás Antônio Gonzaga (poesia lírica e épica)
Basílio da Gama e Santa Rita Durão (poesia épica)
Arte do equilíbrio e harmonia; busca do racional, do verdadeiro e da natureza; retorno às concepções de beleza do Renascimento; poesia objetiva e descritiva; áureas mediocritas: o objetivo arcádico de uma vida serena e bucólica; pastoralismo; valorização da mitologia; técnica da simplicidade. Literatura linear e regrada: inutilia truncat (cortar o inútil).
Romantismo
1825
Almeida Garrett
Publicação do poema Camões
Gêneros: prosa (romance e novela)
poesia e teatro.
1836
Gonçalves de Magalhães
Publicação de Suspiros Poéticos e Saudades
Poesia: Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Castro Alves.
Prosa: (urbanos) Alencar, Joaquim Manuel de Macedo, Manuel Antônio de Almeida; (regionalistas) Alencar, Bernardo Guimarães, Taunay; (indianista-histórico) Alencar 
1ª Geração: nacionalismo, ufanismo, natureza, religião, indianismo/medievalismo.
2ª Geração: mal do século, evasão, solidão, profundo pessimismo, anseio da morte.
3ª Geração: condoreirismo, liberdade, oratória de reivindicação, transição para o Parnasianismo, literatura social e engajada.
Geral: imaginação, fantasia, sonho, idealização, sonoridade, simplicidade, subjetivismo, sintaxe emotiva, liberdade criadora. 
Realismo/ Parnasianismo/
Naturalismo
1865
Questão Coimbrã: Antero de Quental contra Castilho (Novos x Velhos)
Gêneros: prosa (romance, conto, crônica), poesia, crítica.
Prosa: Eça de Queirós
 
 
Poesia: Antero de Quental, Cesário Verde, Guerra Junqueiro.
1881
Machado de Assis
Publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas/ Realismo
Aluísio de Azevedo
Publicação de O Mulato/ Naturalismo
Década de 80
Definição do ideário parnasiano.
Prosa: Machado de Assis, Aluísio Azevedo, Raul Pompéia
Poesia: Olavo Bilac, Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, Vicente de Carvalho.
Realismo: preocupação com a verdade exata, observação e análise, personagens tipificadas, preferência pelas camadas altas da sociedade. Objetividade. Descrições pormenorizadas. Linguagem correta, no entanto é mais próxima da natural, maior interesse pela caracterização que pela ação – tese documental.
Naturalismo: visão determinista do homem (animal, presa de forças fatais e superiores – meio, herança genética, fisiologia, momento). Tendência para análise dos deslizes de personalidade. Deturpações psíquicas e físicas. Preferência pela classe operária. Patologia social: miséria, adultério, criminalidade, etc – tese experimental.
Parnasianismo: arte pela arte, objetividade, poesia descritiva, versos impassíveis, exatidão e economia de imagens e metáforas, poesia técnica e formal, retomada de valores clássicos, apego à mitologia greco-romana.
Simbolismo
1890
Eugênio de Castro
Publicação de Oaristos
Gêneros: poema e prosa.
Poesia: Camilo Pessanha
1893
Cruz e Sousa
Publicação de Missal (prosa poética) e Broquéis (poesia).
Poesia: Cruz e Sousa e Alphonsus de Guimaraens, Pedro Kilkerry, Emiliano Perneta.
Simbolismo: reação contra o positivismo, o Naturalismo e o Parnasianismo; individualismo, subjetivismo psicológico, atitude irracional e mística, respeito pela música, atitude irracional e mística, respeito pela música, cor, luz; procura das possibilidades do léxico.
Pré-Modernismo
.-

1902
Publicação de Os Sertões, de Euclides da Cunha; Canaã, de Graça Aranha.
Prosa: Monteiro Lobato, Euclides da Cunha, Lima Barreto, Graça Aranha.
Poesia: Augusto dos Anjos;
Pré-Modernismo: tendência das primeiras décadas do século XX, sentido mais crítico, fixando diferentes facetas da realidade social, política ou alterações na paisagem e cor local.